Se você anda se perguntando sobre “como ser sustentável”, que bom! Muito mais do que seguir uma tendência da moda, adotar hábitos verdes é uma demanda urgente diante da atual realidade do nosso planeta.
Nesse cenário, temos uma boa notícia: é possível lançar mão de práticas e mudanças simples na rotina e fazer a diferença. Desde eliminar o desperdício e otimizar o uso de recursos naturais até tornar-se um consumidor mais consciente, investir em uma vida mais ecológica passa pelas pequenas decisões do dia a dia.
Lembre-se: muito mais do que um conceito, a sustentabilidade é um hábito! Para te ajudar na tarefa, listamos 6 dicas simples para começar a colocar em prática agora mesmo. Confira!
Como ser sustentável: conheça os pilares do conceito
É interessante voltar nas raízes do termo “sustentabilidade”, que foi aplicado ao meio ambiente na década de 1980. Utilizando-se do sentido da palavra, Lester Brown (que cunhou seu uso associado ao ambientalismo), acreditava que uma uma comunidade só seria sustentável se conseguisse satisfazer suas necessidades ao mesmo tempo em que preservasse os recursos para as novas gerações por vir.
Esse é um ponto interessante: ultrapassando o quesito do meio ambiente, a sustentabilidade também está relacionada a fatores sociais e econômicos. Não por acaso, os 3 pilares do conceito são:
- Ambiental, envolvendo o uso ecológico e adequado dos recursos naturais;
- Social, uma vez que a produção de bens de consumo envolve o trabalho de pessoas, que deve ser justo e responsável;
- Econômico, incluindo a movimentação saudável do mercado e a geração de empregos.
Como ser sustentável começando AGORA: 6 práticas para a sua rotina
1. Sempre carregue ecobags com você
Algumas cidades já restringiram o uso das sacolas plásticas, mas sempre vale o esforço de evitá-las ao máximo possível. Aqui, as ecobags (sacolas de pano ou outro material reutilizável) desempenham um papel importante, assim como as caixas de papelão.
A dica é sempre ter essas sacolas especiais à mão, na bolsa ou no carro, para usar no mercado ou em outras lojas. Vale lembrar que a grande maioria dos mercados doa caixas de papelão para os clientes, o que é outro motivo para não acumular sacos plásticos em casa.
Muitas frutas, legumes e verduras também podem ser tranquilamente comprados e pesados de forma avulsa, sem a necessidade das embalagens transparentes. Se preciso, converse com o caixa ou dono do estabelecimento sobre sua iniciativa. Não tem mistério!
2. Aposte no slow fashion
Já ouviu falar em slow fashion? Trata-se de um movimento que se contrapõe ao fast fashion, isto é, a produção em massa da indústria da moda que acaba vendendo artigos de menor qualidade/durabilidade a menores preços, incentivando o consumo constante.
A tendência, assim, se firma como uma alternativa sustentável à compra desenfreada e excessiva de itens de moda. Vale destacar que a produção de roupas e tecidos em geral envolve um gasto astronômico de recursos naturais, a geração de resíduos poluentes e o trabalho (muitas vezes irresponsável e abusivo) de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Nesse cenário, algumas medidas para fazer compras mais sustentáveis incluem a escolha mais consciente de peças para compor o armário, a preferência por pequenos produtores/brechós e a priorização de peças de maior qualidade, que permanecerão por mais tempo em uso.
É interessante, ainda, pesquisar a reputação de grandes marcas antes de efetivar suas compras e repensar a aquisição de itens “baratinhos” que muitas vezes nem serão utilizados.
3. Seja um consumidor mais consciente
Como vimos, a sustentabilidade está relacionada a uma realidade ampla que vai além do fator ambiental. Mais do que conter compras impulsivas de moda (a exemplo da dica anterior), é importante pensar que consumir de forma mais consciente deve perpassar todos os aspectos da sua experiência diária.
Dentre medidas simples a serem implementadas no dia a dia, podemos citar:
- buscar comprar produtos que geram menos resíduos (feitos de materiais recicláveis ou com menos plástico);
- preferir comprar alimentos em feiras e de produtores locais;
- reutilizar e reciclar embalagens sempre que possível;
- priorizar produtos naturais e cruelty free, que não testam em animais;
- inteirar-se sobre a reputação de marcas e empresas, investigando se há uma real preocupação ecológica e humana em seus processos de produção;
- valorizar o trabalho de produtores locais em todos os segmentos de atuação;
- analisar, sempre, se você realmente precisa investir em determinada mercadoria, evitando a compra supérflua de itens que apenas vão atulhar sua casa e contribuir para uma realidade menos sustentável.
4. Diminua seu consumo de água e energia
Apagar as luzes quando não houver ninguém no ambiente, fechar a torneira, tomar banhos mais curtos: dicas “clichê”, mas que fazem todo o sentido quando o assunto é sustentabilidade. Não subestime o grande impacto que o gasto doméstico de recursos naturais acarreta no meio ambiente!
Dicas valiosas, nesse sentido, incluem:
- optar por aparelhos eletrônicos com menor gasto energético;
- usar lâmpadas fluorescentes (que gastam até 65% menos energia e são mais duráveis);
- checar se a porta da geladeira está bem fechada (se ela estiver um pouco aberta, o consumo energético é bem maior para manter a temperatura);
- esperar acumular uma maior quantidade de roupas antes de lavá-las e passá-las, reduzindo um grande desperdício de água e energia.
Quando o assunto é lavar roupas, vale destacar uma opção cada vez mais popular entre os brasileiros: as lavanderias online, que trazem comodidade, têm ótimo custo-benefício (principalmente porque você economiza com água, luz e produtos) e são, sim, mais benéficas para o planeta.
5. Ainda não separa o lixo? Que tal incentivar a coleta seletiva no seu condomínio?
Separar corretamente o lixo e encaminhar os itens adequados para reciclagem continua sendo uma das estratégias mais eficientes de promover um mundo mais sustentável. Se você ou seu condomínio ainda não apostam na prática, a hora é agora!
Propor uma reunião de moradores, orientar a separação entre lixo orgânico e lixo seco, analisar o depósito de lixo do prédio, pensar na implementação de lixeiras com placas indicativas: essas são algumas medidas que podem ser discutidas junto ao síndico e valem a tentativa.
De fato, determinados bairros ou regiões não dispõem de serviço de coleta seletiva por parte da prefeitura. Nesses casos, é interessante procurar por Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) ou mesmo ONGs que trabalham com reciclagem nas suas proximidades.
6. Considere (mesmo!) fazer compostagem
Se você quer saber como ser sustentável, não pode ignorar essa dica. Esta pode parecer uma tarefa difícil de levar para a prática, mas que se revela bastante simples e traz um impacto positivo imensurável: a compostagem.
Trata-se de uma maneira eficiente de reduzir o lixo e valorizar os resíduos orgânicos gerados na sua casa, reciclando-os para que se tornem húmus (um fertilizante poderoso rico em nutrientes). Ao invés de juntar todos os restos de alimentos em sacolas plásticas e despachá-los para o lixão (onde produzirão metano e serão prejudiciais para o meio ambiente), você pode aproveitá-los.
O processo demanda a presença de uma composteira em casa (que pode ser comprada ou fabricada manualmente), minhocas (que podem ser encontradas em casas de pesca e farão o trabalho), serragem/folhas secas e uma simples manutenção. E não, a empreitada não gera nenhum cheiro desagradável!
“Como ser sustentável?” é uma pergunta-chave que devemos nos fazer todos os dias. Escolhas simples e de alto impacto podem transformar nossa relação com o meio ambiente e contribuem – muito – para deixar uma herança mais positiva para as próximas gerações.
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