“Como fazer compostagem em casa?”: essa é uma das dúvidas mais comuns de quem está em busca de se tornar mais sustentável e lançar mão de uma iniciativa pessoal para contribuir com um futuro mais verde.
De fato, a técnica é uma excelente solução para reduzir o volume de lixo produzido em casa, evitar a superlotação dos aterros e dar uma destinação ecológica para os resíduos orgânicos domésticos.
A seguir, aprenda como fazer compostagem com um passo a passo prático – e fazer sua parte para a preservação do planeta em um momento tão crítico!
Recapitulando: o que é compostagem?
A compostagem, em poucas palavras, é o processo de reciclagem de lixo orgânico. Nesse sentido, trata-se de uma prática que transforma os referidos resíduos orgânicos em adubo de boa qualidade (biofertilizante líquido, com muitos nutrientes para o solo).
Vale lembrar que dejetos caseiros como cascas de frutas/legumes, restos de alimentos e borra de café, para citar alguns exemplos, são prejudiciais ao meio ambiente quando descartados em aterros sanitários (os populares “lixões”). Nesses locais, não apenas geram mau cheiro, como também liberam gás metano – ainda mais tóxico que o gás carbônico – e chorume, que contamina as águas e o solo.
Não por acaso, a compostagem tem ganhado cada vez mais adeptos pelo mundo, permitindo contribuir com o ecossistema através da redução dos resíduos caseiros. O melhor de tudo? Ao contrário do que muita gente acredita, é um processo descomplicado, conforme veremos a seguir.
Separar o lixo orgânico da casa em um recipiente (a pia da cozinha é um bom local para facilitar a coleta);
Uma composteira de tamanho variável, a depender do número de pessoas na casa. Vale lembrar que esse objeto consiste em 3 caixas plásticas empilhadas, com uma torneirinha para coletar o fertilizante líquido na caixa inferior. Você consegue comprar o item pronto em lojas especializadas ou mesmo fazer a sua própria composteira. Ela é o local onde a “mágica” vai acontecer!;
Húmus (terra adubada) com minhocas do tipo californianas ou vermelhas. Esses materiais também podem ser encontrados em lojas especializadas;
Material seco orgânico: folhas secas, grama seca ou serragem;
Pá de jardinagem para misturar os materiais na composteira.
Como fazer compostagem?
Em primeiro lugar, escolha um local adequado para a sua composteira. É interessante que ela seja posicionada em ambiente fresco e arejado, como a área de serviços.
1. Deposite a terra com minhoca (húmus) na caixa
Cubra o fundo da caixa de cima (a mais alta das 3 caixas) com a terra enriquecida de minhocas, enchendo de 5 a 7 cm do recipiente.
2. Introduza os resíduos orgânicos e o material seco
Agora, é hora de alimentar as minhocas! Deposite o lixo orgânico gerado em casa (em pequenos pedaços) concentrado em um pequeno espaço da caixa, sem espalhar. Coloque também um pouco de material vegetal seco (serragem ou folhas secas). Com a pá de jardinagem ou ancinho, misture os materiais.
Depois, cubra completamente a terra com serragem ou folhas/grama secas. No caso das folhas, evite as muito grossas, já que elas impedem a passagem do ar. Esse procedimento é muito importante, evitando que a composteira atraia mosquitos ou exale cheiro.
3. Repita o processo até que a primeira caixa se encha
Com a coleta dos resíduos orgânicos da casa, vá realizando o mesmo processo (colocar os restos de alimentos na terra, cobrir com serragem ou folhas secas) até que a caixa se encha por inteiro. Em geral, isso leva cerca de 30 dias.
4. Inverta as caixas e prepare a segunda caixa
Com a caixa de cima cheia, faça a troca das duas caixas, colocando a vazia por cima (invertendo as posições). Agora, prepare a segunda caixa com o húmus na base, repetindo o mesmo processo do início.
Nos próximos 30 dias, essa nova caixa será enchida com os resíduos e a serragem, enquanto o material da primeira caixa (que agora está embaixo) vai sendo “trabalhado” pelas minhocas. No final desse período, você poderá coletar o fertilizante líquido produzido pela torneirinha da composteira. O líquido fica armazenado na terceira caixa.
5. Vá repetindo o processo de inversão das caixas e coletando o fertilizante
À medida em que cada caixa for completada, você pode retirar o líquido fertilizante pela torneirinha, fazendo a inversão contínua das caixas ao longo do processo. Esse adubo líquido, que deve ser diluído em água, pode ser utilizado para a rega nutritiva de plantas.
Restos de alimentos em geral (desde que não sejam ultraprocessados);
Cascas e talos de verduras, legumes e frutas;
Alimentos assados ou cozidos, desde que em pouca quantidade;
Folhas secas, grama, plantas e serragem.
O que NÃO pode ir na composteira?
Fezes de animais domésticos;
Frutas muito cítricas, como o limão;
Jornais, revistas, papéis de impressão, envelopes (aqui, a melhor solução é a reciclagem!);
Restos de carne (nesse caso, a decomposição é demorada e pode atrair animais);
Papel higiênico;
Óleos e outras gorduras;
Laticínios.
3 mitos sobre como fazer compostagem
Compostagem gera odor desagradável
Se o processo for realizado da maneira adequada, com o uso de materiais vegetais secos para cobrir o húmus, a composteira não produz nenhum cheiro.
Compostagem atrai bichos
Mais uma vez, isso só será uma verdade se não houver cuidado ao lidar com os materiais e se você compostar itens não recomendados, como carne. As composteiras fechadas e devidamente alimentadas com material vegetal seco não atraem bichos como moscas, ratos e baratas.
Compostagem exige muito espaço
Como vimos, é possível compostar com sucesso até mesmo em pequenos apartamentos. Você pode adquirir composteiras compactas que ocupam apenas um pequeno canto da casa, ou mesmo fazer a sua própria (com baldes ou caixas plásticas).
Se você anda se perguntando sobre “como ser sustentável”, que bom! Muito mais do que seguir uma tendência da moda, adotar hábitos verdes é uma demanda urgente diante da atual realidade do nosso planeta.
Nesse cenário, temos uma boa notícia: é possível lançar mão de práticas e mudanças simples na rotina e fazer a diferença. Desde eliminar o desperdício e otimizar o uso de recursos naturais até tornar-se um consumidor mais consciente, investir em uma vida mais ecológica passa pelas pequenas decisões do dia a dia.
Lembre-se: muito mais do que um conceito, a sustentabilidade é um hábito! Para te ajudar na tarefa, listamos 6 dicas simples para começar a colocar em prática agora mesmo. Confira!
Como ser sustentável: conheça os pilares do conceito
É interessante voltar nas raízes do termo “sustentabilidade”, que foi aplicado ao meio ambiente na década de 1980. Utilizando-se do sentido da palavra, Lester Brown (que cunhou seu uso associado ao ambientalismo), acreditava que uma uma comunidade só seria sustentável se conseguisse satisfazer suas necessidades ao mesmo tempo em que preservasse os recursos para as novas gerações por vir.
Esse é um ponto interessante: ultrapassando o quesito do meio ambiente, a sustentabilidade também está relacionada a fatores sociais e econômicos. Não por acaso, os 3 pilares do conceito são:
Ambiental, envolvendo o uso ecológico e adequado dos recursos naturais;
Social, uma vez que a produção de bens de consumo envolve o trabalho de pessoas, que deve ser justo e responsável;
Econômico, incluindo a movimentação saudável do mercado e a geração de empregos.
Como ser sustentável começando AGORA: 6 práticas para a sua rotina
1. Sempre carregue ecobags com você
Algumas cidades já restringiram o uso das sacolas plásticas, mas sempre vale o esforço de evitá-las ao máximo possível. Aqui, as ecobags (sacolas de pano ou outro material reutilizável) desempenham um papel importante, assim como as caixas de papelão.
A dica é sempre ter essas sacolas especiais à mão, na bolsa ou no carro, para usar no mercado ou em outras lojas. Vale lembrar que a grande maioria dos mercados doa caixas de papelão para os clientes, o que é outro motivo para não acumular sacos plásticos em casa.
Muitas frutas, legumes e verduras também podem ser tranquilamente comprados e pesados de forma avulsa, sem a necessidade das embalagens transparentes. Se preciso, converse com o caixa ou dono do estabelecimento sobre sua iniciativa. Não tem mistério!
2. Aposte no slow fashion
Já ouviu falar em slow fashion? Trata-se de um movimento que se contrapõe ao fast fashion, isto é, a produção em massa da indústria da moda que acaba vendendo artigos de menor qualidade/durabilidade a menores preços, incentivando o consumo constante.
A tendência, assim, se firma como uma alternativa sustentável à compra desenfreada e excessiva de itens de moda. Vale destacar que a produção de roupas e tecidos em geral envolve um gasto astronômico de recursos naturais, a geração de resíduos poluentes e o trabalho (muitas vezes irresponsável e abusivo) de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Nesse cenário, algumas medidas para fazer compras mais sustentáveis incluem a escolha mais consciente de peças para compor o armário, a preferência por pequenos produtores/brechós e a priorização de peças de maior qualidade, que permanecerão por mais tempo em uso.
É interessante, ainda, pesquisar a reputação de grandes marcas antes de efetivar suas compras e repensar a aquisição de itens “baratinhos” que muitas vezes nem serão utilizados.
3. Seja um consumidor mais consciente
Como vimos, a sustentabilidade está relacionada a uma realidade ampla que vai além do fator ambiental. Mais do que conter compras impulsivas de moda (a exemplo da dica anterior), é importante pensar que consumir de forma mais consciente deve perpassar todos os aspectos da sua experiência diária.
Dentre medidas simples a serem implementadas no dia a dia, podemos citar:
buscar comprar produtos que geram menos resíduos (feitos de materiais recicláveis ou com menos plástico);
preferir comprar alimentos em feiras e de produtores locais;
reutilizar e reciclar embalagens sempre que possível;
priorizar produtos naturais e cruelty free, que não testam em animais;
inteirar-se sobre a reputação de marcas e empresas, investigando se há uma real preocupação ecológica e humana em seus processos de produção;
valorizar o trabalho de produtores locais em todos os segmentos de atuação;
analisar, sempre, se você realmente precisa investir em determinada mercadoria, evitando a compra supérflua de itens que apenas vão atulhar sua casa e contribuir para uma realidade menos sustentável.
4. Diminua seu consumo de água e energia
Apagar as luzes quando não houver ninguém no ambiente, fechar a torneira, tomar banhos mais curtos: dicas “clichê”, mas que fazem todo o sentido quando o assunto é sustentabilidade. Não subestime o grande impacto que o gasto doméstico de recursos naturais acarreta no meio ambiente!
Dicas valiosas, nesse sentido, incluem:
optar por aparelhos eletrônicos com menor gasto energético;
usar lâmpadas fluorescentes (que gastam até 65% menos energia e são mais duráveis);
checar se a porta da geladeira está bem fechada (se ela estiver um pouco aberta, o consumo energético é bem maior para manter a temperatura);
esperar acumular uma maior quantidade de roupas antes de lavá-las e passá-las, reduzindo um grande desperdício de água e energia.
Quando o assunto é lavar roupas, vale destacar uma opção cada vez mais popular entre os brasileiros: as lavanderias online, que trazem comodidade, têm ótimo custo-benefício (principalmente porque você economiza com água, luz e produtos) e são, sim, mais benéficas para o planeta.
5. Ainda não separa o lixo? Que tal incentivar a coleta seletiva no seu condomínio?
Separar corretamente o lixo e encaminhar os itens adequados para reciclagem continua sendo uma das estratégias mais eficientes de promover um mundo mais sustentável. Se você ou seu condomínio ainda não apostam na prática, a hora é agora!
Propor uma reunião de moradores, orientar a separação entre lixo orgânico e lixo seco, analisar o depósito de lixo do prédio, pensar na implementação de lixeiras com placas indicativas: essas são algumas medidas que podem ser discutidas junto ao síndico e valem a tentativa.
De fato, determinados bairros ou regiões não dispõem de serviço de coleta seletiva por parte da prefeitura. Nesses casos, é interessante procurar por Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) ou mesmo ONGs que trabalham com reciclagem nas suas proximidades.
6. Considere (mesmo!) fazer compostagem
Se você quer saber como ser sustentável, não pode ignorar essa dica. Esta pode parecer uma tarefa difícil de levar para a prática, mas que se revela bastante simples e traz um impacto positivo imensurável: a compostagem.
Trata-se de uma maneira eficiente de reduzir o lixo e valorizar os resíduos orgânicos gerados na sua casa, reciclando-os para que se tornem húmus (um fertilizante poderoso rico em nutrientes). Ao invés de juntar todos os restos de alimentos em sacolas plásticas e despachá-los para o lixão (onde produzirão metano e serão prejudiciais para o meio ambiente), você pode aproveitá-los.
O processo demanda a presença de uma composteira em casa (que pode ser comprada ou fabricada manualmente), minhocas (que podem ser encontradas em casas de pesca e farão o trabalho), serragem/folhas secas e uma simples manutenção. E não, a empreitada não gera nenhum cheiro desagradável!
“Como ser sustentável?” é uma pergunta-chave que devemos nos fazer todos os dias. Escolhas simples e de alto impacto podem transformar nossa relação com o meio ambiente e contribuem – muito – para deixar uma herança mais positiva para as próximas gerações.
Para mais conteúdos sobre sustentabilidade, dicas para otimizar a rotina de casa e para levar um dia a dia mais leve, fique por dentro das nossas atualizações! Estamos no Facebook, Instagram, LinkedIn e Youtube. Até a próxima!
Já parou para pensar na relação entre sustentabilidade e a atual pandemia de COVID-19? Trazendo mudanças importantes para nossas rotinas, o novo cenário também trouxe à tona questionamentos sobre o impacto humano no planeta, incluindo a urgência da adoção de práticas sustentáveis no dia a dia.
É provável que você tenha ouvido falar nos efeitos positivos da crise do coronavírus no meio ambiente. Com menos veículos nas ruas e menos emissão de poluentes, por exemplo, o ar está mais limpo.
Por outro lado, como a população está em casa, aumenta também a geração de resíduos domésticos, além do maior uso de itens descartáveis e do lixo hospitalar nos centros de saúde.
A seguir, listamos 8 práticas sustentáveis simples (e de alto impacto!) para ter uma rotina mais verde e saudável em tempos de pandemia. Confira!
8 práticas sustentáveis e saudáveis para manter na quarentena
Evite ao máximo o desperdício de alimentos
Na quarentena, a tendência é fazer compra maiores no mercado e cozinhar mais em casa. Vale, no entanto, ficar de olho para otimizar ao máximo o consumo dos alimentos.
Para se ter uma ideia, a ONG Banco de Alimentos apontou que cada brasileiro desperdiça mais de meio quilo de comida por dia! Além de afetar diretamente no equilíbrio ambiental, o desperdício também destoa do contexto atual em que vivemos, quando conseguir a refeição do dia é uma dificuldade de muitos.
Uma dica, aqui, é fazer um cardápio semanal: essa organização não só poupa tempo e facilita a rotina, como também evita compras desnecessárias no supermercado e reduz muito o desperdício. Ao comprar o que precisa, você também evita mais saídas à rua!
Cultive uma horta caseira
Com o foco voltado para nossas casas e o cuidado com a alimentação, outra prática sustentável bem interessante é montar sua própria hortinha caseira.
Vale lembrar que não ter muito espaço ou área externa em casa não é desculpa: mesmo quem mora em apartamentos pequenos pode lançar mão de hortas verticais ou jardineiras em janelas para cultivar ervas, temperos e hortaliças.
Além de trazer a oportunidade de comer de forma mais saudável, a horta também é um grande incentivo para cozinhar mais em casa – e apostar na próxima dica, a compostagem!
Que tal reciclar seu lixo orgânico e ainda produzir um composto rico em nutrientes para deixar suas plantas mais bonitas?
Na quarentena, como mencionamos, a preparação de refeições e o consumo de alimentos em casa tende a aumentar – e o mesmo acontece com os resíduos orgânicos, como cascas de frutas, talos de verduras/legumes e restos de comida.
Ao invés de descartar esses resquícios no lixo comum (que irão poluir o solo nos aterros sanitários), você pode investir na compostagem em casa, uma forma ecologicamente correta de destinação dos restos alimentares.
Além do lixo orgânico via compostagem, é claro que o lixo “seco” também deve ser reciclado. Uma das práticas sustentáveis mais disseminadas na atualidade, a separação de resíduos para a coleta seletiva deve continuar a todo vapor em tempos de pandemia. Afinal, estamos gerando mais lixo em casa!
Lave sempre as mãos e mantenha a higiene – mas economize água!
Lavar as mãos – com cuidado e com frequência – é uma das medidas mais eficazes e importantes contra o coronavírus. Do mesmo modo, manter a casa limpa e higienizar as roupas do jeito certo são outros cuidados essenciais para prevenir a doença.
Todas essas atividades, no entanto, envolvem o consumo de água, e não há como falar sobre práticas sustentáveis em casa sem o uso consciente desse recurso natural.
Algumas medidas incluem manter a torneira fechada ao limpar as mãos, procurar reaproveitar a água para diferentes tarefas e otimizar a lavagem da louça (que também aumenta na quarentena…).
Considere também lavar suas roupas em uma lavanderia delivery (a opção é mais sustentável do que lavar as peças em casa, além de poupar tempo na sua rotina e dispensar o deslocamento até o local).
Confira mais dicas fora da caixa para economizar água aqui.
Evite os descartáveis
O maior tempo passado dentro de casa nos mostra como podemos manter uma rotina com o menor número possível de itens descartáveis. Sem a correria nas ruas, pratos e copos de vidro são mais usados para a alimentação, assim como talheres de metal e outros utensílios duráveis.
Com essa facilidade, é um ótimo momento para repensar nosso consumo de descartáveis, evitando-o sempre que possível. Esse é um outro motivo para cozinhar mais em casa e evitar as refeições por delivery: a redução no volume de lixo.
Reaproveite embalagens
O atual cenário de quarentena é sinônimo de mais tempo livre para muita gente, o que nos faz voltar nosso olhar para o que utilizamos e consumimos na rotina.
Nesse sentido, esse também é um bom momento para investir na reutilização de materiais (como latas, caixas e outras embalagens). Organizadores para as gavetas, porta-acessórios, porta-lápis, artesanato… a imaginação é o limite.
Além de ser sustentável, esse reaproveitamento também pode virar um hobbie – ou uma fonte de renda extra!
Aproveite ao máximo a luz natural
Assim como a otimização do uso da água, o consumo inteligente de energia é uma das práticas sustentáveis que também têm um impacto positivo nas contas do mês.
A matemática é simples: mais tempo dentro de casa na pandemia, somado ao trabalho home office, gera aumento na conta de luz (e maior gasto energético, é claro).
Para equilibrar a situação, além das medidas básicas de economia de energia, vale apostar em uma tática especial: tirar o máximo proveito da luz natural durante o dia.
Procure sempre trabalhar em locais que recebem mais luz solar, além de manter cortinas e janelas abertas para garantir a claridade em casa.A dose de vitamina D e os benefícios para a imunidade são um extra!
Nos tempos atuais, em que a pauta da sustentabilidade ganha cada vez mais urgência, repensar nossos hábitos de consumo diários é tarefa-chave. Já falamos, aqui no blog, sobre o uso racional da água e a aposta na compostagem para reduzir a geração de lixo. Mas qual é a sua postura quando o assunto é o consumo consciente?
De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a humanidade já consome cerca de 30% mais recursos naturais do que o ecossistema tem capacidade de renovar. Diante dessa “conta que não fecha”, a previsão é de que dois planetas Terra sejam necessários para suprir nossas demandas de energia, alimentos e água em menos de 50 anos!
A solução mais eficiente, aqui, passa por repensar escolhas de consumo e eliminar uma lógica automática e desenfreada no modo como compramos, utilizamos e descartamos mercadorias e recursos no cotidiano.
Recapitulando o conceito: afinal, o que é consumo consciente?
A definição do consumo consciente envolve, antes de tudo, um entendimento primário e fundamental: absolutamente tudo o que consumimos provoca impactos no meio ambiente, na economia, nas relações sociais e em nós mesmos – sejam positivos ou negativos.
De fato, a questão abrange desde o modo de produção dos bens de consumo (incluindo extração de matéria-prima e relações trabalhistas) até nossas escolhas ao comprar, a maneira como descartamos/lidamos com o lixo e à cobrança de atitudes assertivas do poder público.
Em outras palavras, o chamado consumo consciente (ou sustentável) é aquele que considera as consequências ambientais e sociais do ato de consumir, em oposição àquele modelo imediatista, desenfreado e que visa apenas ao lucro e à satisfação instantânea de um desejo de compra.
Vale lembrar que o consumidor se encontra no “extremo final” do ciclo de produção, detendo um grande poder para traduzir a lógica de exploração em atitudes mais sustentáveis e conscientes. Mas afinal, como contribuir para um mundo mais ecológico através do consumo? É o que veremos a seguir!
Em meio a uma situação cada vez mais alarmante, o advento das compras pela internet (que facilitam a aquisição irrefletida de produtos), o crescimento do mercado consumidor (a cada ano são 150 milhões de novos consumidores) e a má distribuição do consumo mundial são faces de um problema que exige uma mudança no paradigma de toda a sociedade.
Desperdício de alimentos, banhos demorados, longas filas em shopping centers, obsolescência programada de novas tecnologias, incentivo cultural para adquirir cada vez mais: tudo isso deve ser considerado em um dia a dia mais sustentável. A seguir, confira x práticas de consumo consciente que você pode adotar agora!
1. Repense e planeje suas compras
Um primeiro passo valioso é lançar mão de uma análise prévia antes de sair comprando. Muito mais do que se deixar levar por “promoções relâmpago” e instintos de consumo, faça uma reflexão: “realmente preciso comprar?”
Ao invés de transformar o processo de compra em algo automático, que se resolve em poucos segundos, pare para pensar sobre as características que precisa em um produto, se ele será útil no seu dia a dia (e utilizado muitas vezes), pesquise informações sobre diferentes fabricantes e lojas.
É essencial ter em mente que, a cada nova mercadoria adquirida – por menor, mais simples e mais barata que seja -, você estará comprando algo que consumiu matérias-primas como água e petróleo, que envolveu o trabalho de pessoas em sua produção, que será eventualmente descartado no meio ambiente.
Todo esse ciclo (toda compra) representa um débito ambiental e humano. Reflita sobre seu papel no todo!
2. Avalie a responsabilidade socioambiental dos fabricantes
O planejamento da aquisição de novos produtos envolve um cuidado importante para o consumo consciente: saiba exatamente de quem você está comprando.
Priorizar empresas que têm responsabilidade ambiental e social, apostando em projetos e atitudes que contribuem para o desenvolvimento sustentável, é fundamental. Hoje em dia, o acesso a esse tipo de informação está mais fácil e rápido do que nunca: basta pesquisar na internet. Procure sobre possíveis processos judiciais, depoimentos de clientes, parceiros e funcionários.
O que está por trás das empresas nas quais você está investindo seu dinheiro? Muitas vezes, infelizmente, é a negligência profissional e humana com a equipe, geração irresponsável de poluentes e até mesmo trabalho escravo.
Preferir produtores e negócios locais, assim como não investir em produtos piratas e de procedência duvidosa, são práticas importantes nesse sentido.
3. Priorize a qualidade em detrimento da quantidade
Com tantas campanhas de marketing, apelos nas redes sociais, lojas de fast fashion que oferecem mercadorias a preços baixos e o estímulo a comprarmos sempre mais para preencher certos estilos de vida, a tendência é mesmo nos tornarmos acumuladores de produtos.
Como princípio do consumo consciente, entretanto, é preciso ir contra essa corrente e priorizar itens com uma maior vida útil (muitas vezes mais caros, mas com muito mais qualidade e procedência “limpa”).
Uma coisa a se ter em mente, aqui, é que mercadorias a preços muito baixos quase sempre indicam que há “algo de errado” no processo de produção – trabalhadores em condições insalubres e uso irresponsável de recursos naturais, por exemplo.
Um cuidado importante é buscar, no dia a dia, controlar o impulso de adquirir itens em um grande volume (que muitas vezes serão pouco utilizados). Compre menos e melhor.
4. Priorize o uso de refis
Quando o assunto é “prolongar a vida útil de produtos”, outra prática interessante é dar preferência a embalagens de refis. Em geral, esse tipo de produto demanda menos matéria-prima para ser produzido, com menos componentes.
Com o uso de refis, há economia de energia e recursos naturais (que seria gasta na produção de novas embalagens). Dica extra: avalie a composição do material de refil, preferindo as embalagens que são recicláveis ou mesmo feitas de material reciclado.
5. Aposte nas sacolas retornáveis
As sacolas plásticas, tão comuns no nosso cotidiano, levam cerca de 450 anos para se decompor. Enquanto muitas cidades já contam com leis municipais para reduzir seu uso, não é preciso esperar o poder público para investir em compras mais sustentáveis: leve sua ecobag e, quando for necessário utilizar o saco plástico, otimize seu uso ao máximo para o lixo, reunindo uma boa quantidade de resíduos antes de descartá-los.
6. Recicle!
Um dos efeitos mais nocivos do consumo desenfreado é certamente a geração impressionante de lixo. Ao separar os resquícios por material e encaminhá-los para a reciclagem, você está contribuindo diretamente para a economia de recursos naturais, a minimização da degradação ambiental e mesmo a geração de empregos.
Vale lembrar que os resíduos orgânicos (como restos de alimentos e cascas de frutas) também são prejudiciais quando destinados ao lixão, tendo em vista que liberam um gás poluente na atmosfera (o metano). Uma excelente alternativa para reduzir esse descarte é apostar na compostagem em casa. Descubra aqui como fazer!
7. Otimize o uso de recursos naturais em casa
Parece clichê, mas investir no consumo consciente também está diretamente relacionado aos nossos hábitos diários em casa – e não apenas à compra de produtos. Fique atento e conscientize as pessoas com quem você mora para o uso inteligente dos recursos naturais.
Banhos mais rápidos, cuidado para otimizar o uso de água ao lavar as roupas e o uso consciente de energia e eletrodomésticos são exemplos de ações efetivas para colaborar com um mundo mais sustentável.
O mundo está caminhando rumo a encontrar alternativas mais sustentáveis para itens que usamos em nosso dia a dia. Alguns desses itens ganharam grande popularidade entre o público, como os canudos de metal que são reutilizáveis e copos menstruais reutilizáveis. Porém, um item que vem ganhando seu espaço é a fralda ecológica.
Feita do mesmo princípio da fralda de pano, usada antigamente, a ideia é que ela substitua a fralda descartável e se torne uma opção mais barata e ecofriendly. Baseada nas novas tecnologias e avanços, ela promete oferecer mais praticidade para os pais e mais conforto para o bebê.
Como é composta a fralda ecológica?
A fralda ecológica é composta por duas partes: a capa e o absorvente.
A capa é toda a parte externa. Ela possui a função de tamanho ajustável nas pernas e na cintura para acompanhar o crescimento do bebê. Ademais, ela é impermeável e flexível, permitindo liberdade e conforto.
A parte interna é o absorvente. Assim como a ideia de um absorvente comum, ele é um tecido de alta absorção que é colocado dentro da capa para colher a urina. O material do tecido é especial, feito para evitar alergias no bebê, além de possuir um toque seco que evita a sensação de molhado.
Quanto tempo dura uma fralda ecológica?
É impossível que apenas uma fralda ecológica supra as necessidades do bebê. Desse modo, os pais devem estar cientes que deverão investir um pouco mais no início para ter um número suficiente de fraldas.
Cada fralda dura, em média, de 3 a 4 horas. O que é um período justo, considerando que é o mesmo período de utilização da fralda descartável. Assim, após essas horas, está na hora de fazer a troca do bebê e colocar essa fralda para lavar.
Quando olhamos para a duração em meses, tudo dependerá dos cuidados que os pais têm com as fraldas durante seu uso e lavagem.
Lavagem das fraldas
A lavagem pode ser na mão ou na máquina. Mas, em ambos os casos, o primeiro passo é uma pré-lavagem das fraldas, sem a utilização de sabão. O intuito é remover o excesso de xixi, que pode vir a causar mal cheiro.
A seguir, lave a peça com sabão neutro, preferencialmente de coco, separando o absorvente da capa. Caso opte por lavar na máquina, é possível fazer essa lavagem junto às demais roupas do bebê.
É importante que a peça seja passada pelo enxágue duas vezes. Assim, acontece a remoção completa de todo o sabão presente no absorvente da fralda. O acúmulo indevido de sabão é prejudicial ao bebe e ajuda a acumular amônia, que causa o mau odor.
Por fim, deixe a peça secando ao sol para ajudar a eliminar o mal cheiro.
Dicas
Apesar de todos os cuidados, o mal cheiro pode persistir. Assim, neste caso, use bicarbonato de sódio para eliminar o odor desagradável.
Já para desimpermeabilizar a fralda, utilize água quente e sabão neutro.
As manchas também podem ser um problema, pois crianças se sujam bastante. Então, sempre que necessário use percarbonato de sódio para limpar as peças manchadas.
O uso de vinagre, sal e bicarbonato também é ideal para remover as manchas. Molhe a peça e esfregue um pouco de vinagre. Em seguida, coloque a fralda de molho em um balde com uma mistura de água e cinco colheres de sal e cinco de bicarbonato. Após duas horas, realize a lavagem da peça para remover a mistura.
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