Slow fashion: o que é e como adotar a moda consciente?

Você já ouvir falar emslow fashion? Na busca por criar um cotidiano mais sustentável  e em sintonia com as demandas do planeta, ter uma visão consciente do nosso consumo também passou a envolver nossas escolhas de moda. Afinal de contas, o simples fato de adquirir uma nova peça na loja significa contribuir com um determinado esquema de produção, com seus impactos sociais e ambientais. 

Na contramão da moda globalizada e em plena era do fast fashion – em que as roupas basicamente são encaradas como descartáveis – o slow fashion surge como um pilar importante de uma vida mais ecológica e socialmente responsável

É hora de saber mais sobre essa ideia e, muito mais do que conhecê-la na teoria, implementá-la na prática! Vamos lá? 

Novos cenários, novas escolhas: o que é slow fashion

slow fashion
Créditos: freepik

A expressão, que surgiu por volta de 2004, foi criada pela jornalista de moda Angela Murrills. Contrapondo-se ao termo fast fashion (“moda rápida”, de consumo fácil), o slow fashion foi inspirado pelo conceito do slow food, que já reforçava a defesa do meio ambiente e dos pequenos produtores na perspectiva da alimentação. 

No contexto da moda, esse movimento veio como uma alternativa às grandes redes que incentivam um consumo de roupas impensado e impulsivo, que é motivado a cada nova liquidação e troca de coleções. Enquanto o fast fashion declama “consuma mais e mais barato”, o slow fashion quebra a corrente ao defender o “consuma menos e melhor”. 

Preocupando-se com todo o ciclo dos produtos – desde o processo de produção das roupas até o momento em que são adquiridas pelos consumidores – o slow fashion é um movimento que preza pela sustentabilidade no mundo da moda, do ponto de vista ambiental e social. 

Saiba Mais: Como fazer compostagem: guia para reduzir seu lixo 

Principais características do slow fashion 

  • Transparência acerca da real origem dos produtos. O consumidor sabe exatamente de onde a roupa ou acessório vieram e como foram produzidos. Nas grandes marcas fashion, muitas vezes esse fato é ocultado;
  • Proximidade entre produtores e consumidores;
  • Valorização da produção local, incluindo pequenas marcas e recursos naturais da região, combatendo os efeitos nocivos da fabricação de massa; 
  • Produtos com uma vida útil mais longa, que rompem com o modelo “descartável” da moda;
  • Moda como escolha e não imposição globalizada;
  • Produção socialmente responsável e com melhor distribuição econômica;
  • Valorização de itens fashion “usados”, que podem ser reciclados e reutilizados;
  • Moda além da aparência;
  • Comercialização mais justa e cooperativa de roupas e acessórios. 

Moda consciente: 7 maneiras de aderir ao movimento

slow fashion

A mensagem das grandes redes de moda é clara: apelo visual, baixos preços, produção de massa, muita novidade, pouca durabilidade (“mas está tão barato, vale a pena levar”). Será que você já parou para pensar na razão de estar pagando menos? 

A verdade é que, nos bastidores de itens fashion vendidos a valores baixíssimos, quase sempre existe a exploração de mão de obra humana e o uso irresponsável de recursos naturais e outros insumos. E não se engane – grandes corporações com nome no mercado estão envolvidas nesses processos. 

Se o acesso de todos a produtos de maior qualidade e socioambientalmente conscientes é dificultado por inúmeras questões (que valem o debate!), a boa notícia é que fazer escolhas mais sustentáveis na moda é mais simples do que parece. De fato, aderir ao slow fashion é criar um novo hábito, como fazer reciclagem ou economizar água

Saiba como aderir ao movimento na sua rotina: 

1. Evite os tecidos de fibras plásticas 

Você sabia que alguns tecidos (como o náilon e o poliéster) contêm microplástico em sua composição? 

Muita gente desconhece a informação, mas a lavagem de roupas dessas fibras sintéticas libera as referidas partículas de plástico – e são uma grande fonte de poluição de rios e mares. Na prática, mesmo que essa água descartada passe pelas estações de tratamento de esgoto, cerca de 40% do material poluente ainda alcança os corpos d’água. 

Evite comprar e utilizar peças de fibras sintéticas e não contribua para um sistema de produção e consumo que gera alto impacto ambiental. Prefira os tecidos mais naturais e orgânicos, como o algodão. 

2. Cuide da durabilidade das suas peças 

A lógica é simples: garantir vida longa às suas roupas impede o descarte rápido das peças,  prolonga o tempo de uso e contribui para um sistema mais sustentável de moda. Para tanto, optar por tecidos de maior qualidade e promover a lavagem adequada são cuidados importantes.

No dia a dia, reutilize as roupas antes de lavar sempre que possível, evitando o desgaste e também a liberação de partículas poluentes (como o próprio microplástico) no ambiente. Ao lavar, tome os cuidados necessários de acordo com o tipo do tecido e a delicadeza da peça, evitando danificar, desbotar ou encolher a roupa. 

Nesse ponto, vale mencionar a facilidade dos aplicativos de lavanderia, que asseguram peças mais duráveis e bem higienizadas – e também são uma escolha mais ecológica. De fato, estudos da Sabesp e da ANEL apontam que optar por lavar roupas nas lavanderias representa uma economia de 40% no consumo de água e 21% no gasto de energia elétrica. 

Leia Mais: Lavanderia online: conheça 6 vantagens imbatíveis do serviço 

3. Aposte na reutilização 

Uma das estratégias mais efetivas para colocar o slow fashion em prática é deixar de investir em novas peças e reinventá-las em um novo estilo. Mandar para a costureira, remendar, reciclar a roupa ao pensar novas maneiras de usá-la: essas são apenas algumas maneiras de promover uma revolução sustentável no seu armário. Não descarte, reutilize! 

4. Faça escolhas de moda conscientes 

Seguindo a linha do slow fashion, ao comprar menos e melhor, o consumidor investe em peças que poderão ser usadas por muito tempo e que não são itens genéricos de uma “moda passageira”. Esse cuidado contribui inclusive para o estilo pessoal, já que a tendência é usar roupas muito mais originais. 

Nesse sentido, ao invés de ter um armário abarrotado de itens “da moda” que serão pouco utilizados (ou mesmo vestidos uma única vez), priorize peças atemporais, duráveis, de maior qualidade e que podem ser usadas em diferentes combinações sem perder a graça e a versatilidade. 

5. Priorize marcas responsáveis e locais 

Comece a se preocupar com a origem do que você está comprando. A marca é socialmente responsável (promovendo condições de trabalho justas) e ambientalmente consciente? Há iniciativas interessantes e “limpas” por parte dessas empresas? 

Busque ao máximo priorizar pequenos negócios da sua região, incentivando a economia local e um modo de produção muito mais simples, sustentável e artesanal. Feiras de troca de vestuário, costureiras do bairro, marcas veganas e/ou que apostam na reciclagem são sempre opções interessantes nesse sentido. 

6. Invista nos brechós 

Não há como falar em slow fashion e consumo consciente sem falar nos brechós, é claro! Ao invés de frequentar aquela loja de departamentos com araras de roupas produzidas em série, que tal visitar um brechó da sua cidade para garimpar itens interessantes e exclusivos? 

Com o conceito de promover a reutilização de itens de segunda mão (e a proposta de receber doações e fazer trocas), os brechós muitas vezes possibilitam adquirir itens de alta qualidade a preços muito baixos, sem falar na originalidade das peças. Vale muito a pena!

7. Dê o descarte adequado às suas roupas 

É claro que o ideal é evitar o descarte de roupas ao máximo. Mas, quando for necessário, nada de jogá-las no lixo comum! Há muitas alternativas interessantes para lançar mão nesse momento, como aproveitar o tecido para outros fins, fazer doações para instituições de caridade, doar/vender/trocar nos brechós e entregar as peças em pontos de coleta específicos da sua cidade. Seja responsável! 

E aí, gostou do conteúdo? Você já conhecia o movimento slow fashion? Já aplicava alguma das práticas acima? Comente para nos contar e aproveite para conferir 6 práticas simples para um dia a dia mais sustentável! 

Guia para economizar energia: 8 dicas para adotar em casa

A ideia de conciliar a preservação dos recursos naturais e o corte de custos na conta de luz parece ótima? Pois essa é uma ação possível, e que pode ser colocada em prática com alguns cuidados simples no dia a dia. Se você quer conferir iniciativas que realmente fazem a diferença para economizar energia, este artigo é para você! 

A seguir, confira nossas dicas para diminuir seu consumo energético em casa, otimizar o orçamento doméstico e ainda adotar práticas mais sustentáveis!

8 práticas simples e eficientes para economizar energia 

economizar energia
Créditos: teksomolika

Troque suas lâmpadas 

Quando o assunto é economizar energia, uma recomendação comum mas bastante importante é apostar nas lâmpadas de LED. Essas peças, além de poderem representar uma economia de energia de quase 30%, não perdem vida útil ao serem ligadas e desligadas com frequência. 

Para se ter uma ideia, as lâmpadas incandescentes gastam seis vezes mais que os modelos de LED, enquanto as eletrônicas consomem duas vezes mais. O investimento vale a pena para todos os cômodos da casa! 

Otimize o consumo da geladeira 

A geladeira pode ser uma grande vilã em se tratando de poupar energia. Afinal, trata-se de um eletrodoméstico que precisa estar “trabalhando” 24 horas por dia, todos os dias do mês. O cuidado, aqui, deve ser investir em um uso inteligente do aparelho. Confira as dicas: 

  • regule o termostato de acordo com as estações, ajustando a temperatura conforme a necessidade. No inverno, o aparelho não precisa operar no máximo;
  • cheque a borracha de vedação da geladeira. Se ela estiver em mau estado, o esforço para manter a temperatura é maior e o consumo energético também;
  • não use forros nas prateleiras do aparelho, tendo em vista que eles interferem na circulação correta do ar; 
  • fique de olho na disposição da cozinha: não posicione a geladeira muito perto do fogão. A proximidade da fonte de calor prejudica o funcionamento adequado do aparelho e resulta em mais gasto de energia. 

Investigue possíveis problemas na fiação 

Essa dica vai para as pessoas que desconfiam que seu consumo é menor do que consta na conta de luz! Isso porque problemas na parte elétrica, como é de se imaginar, podem estar causando “fuga” de energia. 

Para fazer o teste, tire todos os eletrodomésticos e aparelhos elétricos da tomada e apague as luzes da casa. Caso tudo esteja certo, o medidor de luz vai parar. Se ele continuar rodando, é possível que haja danos na fiação. Chame um eletricista! 

Fique de olho na máquina de lavar e considere um serviço de lavanderia 

A máquina de lavar é outro eletrodoméstico que deve estar na mira para reduzir conta de luz. Nesse sentido, a primeira precaução é não lavar poucas roupas de cada vez. Embora seja mais rápido e prático, o hábito consome muito mais energia e água. 

Assim, defina um dia da semana para lavar roupas e espere acumular as peças, higienizando o maior número possível de itens, sempre respeitando a capacidade do aparelho. Garanta, ainda, que a sua máquina esteja sempre em bom estado. De tempos em tempos, faça a limpeza do filtro e cheque o funcionamento de todas as etapas do ciclo. 

Para cortar ainda mais o consumo e reduzir sua conta, uma estratégia valiosa é contar com um serviço de lavanderia. Além da praticidade, apostar na higienização profissional é sinônimo de economizar energia, água, sabão e outros produtos de limpeza. 

Aliando bom custo-benefício, corte na conta de luz e sustentabilidade, lavar roupas na lavanderia representa uma economia de 21% no gasto de energia elétrica, assim como de 40% no consumo de água. Os dados são da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em parceria com a ANEL (Associação Nacional de Empresas de Lavanderia). 

Deixe o sol entrar: aproveite a iluminação natural 

Parece simples e óbvio, mas faz toda a diferença no final do mês. Além de mais econômica, a iluminação natural também é mais saudável. Quem vai reformar ou construir, pode priorizar esse aspecto ao pensar a parte estrutural da obra (investindo em janelas amplas e claraboias). 

Outras dicas incluem colocar mesas de trabalho próximas a janelas ou em varandas, por exemplo, além de usar cortinas leves e de cores claras. 

Por fim, quanto mais clara for a tinta das paredes, mais ela refletirá a luz solar. Com isso, gasta-se menos energia.  

Tem ar-condicionado? Mantenha os filtros sempre limpos 

Quem tem ar-condicionado e quer economizar energia deve ficar muito atento à manutenção periódica do aparelho. Deixar os filtros sujos faz com que o temporizador precise ser acionado mais vezes para acertar a temperatura, o que se reflete diretamente na conta de luz. 

Vale lembrar que a parte externa do eletrodoméstico deve ser protegida contra o sol, além das dicas mais óbvias: use sempre com portas e janelas fechadas, desligando o aparelho quando não houver ninguém no recinto. 

Fique de olho no chuveiro

Você sabia que deixar o chuveiro no modo “verão” pode poupar até 30% da energia? Além de tomar banho mais curtos e em temperaturas mais amenas, é importante fazer a limpeza dos buracos de saída de água do aparelho, aumentando a vazão do mesmo. 

Seja esperto no uso do ferro de passar 

O uso do ferro de passar também merece atenção. Assim como no caso da máquina de lavar, a recomendação é juntar um número considerável de peças antes de se dedicar à tarefa, otimizando o gasto energético.

Nesse sentido, outra dica de ouro é deixar as peças mais delicadas, que precisam de menos calor, por último. Dessa forma, você pode desligar o ferro e aproveitar o calor remanescente para passar lingeries e roupas de tecidos mais finos como seda, viscose e poliéster. 

E então, gostou do nosso guia? Você já aplica alguma das práticas acima em casa? Agora que você conferiu nossas recomendações para economizar energia com eficiência, veja também nossas dicas de economia doméstica para cortar custos e deixar as finanças em dia! 

8 práticas sustentáveis para manter em casa em tempos de pandemia

Já parou para pensar na relação entre sustentabilidade e a atual pandemia de COVID-19? Trazendo mudanças importantes para nossas rotinas, o novo cenário também trouxe à tona questionamentos sobre o impacto humano no planeta, incluindo a urgência da adoção de práticas sustentáveis no dia a dia

É provável que você tenha ouvido falar nos efeitos positivos da crise do coronavírus no meio ambiente. Com menos veículos nas ruas e menos emissão de poluentes, por exemplo, o ar está mais limpo. 

Por outro lado, como a população está em casa, aumenta também a geração de resíduos domésticos, além do maior uso de itens descartáveis e do lixo hospitalar nos centros de saúde. 

A seguir, listamos 8 práticas sustentáveis simples (e de alto impacto!) para ter uma rotina mais verde e saudável em tempos de pandemia. Confira! 

8 práticas sustentáveis e saudáveis para manter na quarentena 

praticas sustentaveis

Evite ao máximo o desperdício de alimentos 

Na quarentena, a tendência é fazer compra maiores no mercado e cozinhar mais em casa. Vale, no entanto, ficar de olho para otimizar ao máximo o consumo dos alimentos. 

Para se ter uma ideia, a ONG Banco de Alimentos apontou que cada brasileiro desperdiça mais de meio quilo de comida por dia! Além de afetar diretamente no equilíbrio ambiental, o desperdício também destoa do contexto atual em que vivemos, quando conseguir a refeição do dia é uma dificuldade de muitos. 

Uma dica, aqui, é fazer um cardápio semanal: essa organização não só poupa tempo e facilita a rotina, como também evita compras desnecessárias no supermercado e reduz muito o desperdício. Ao comprar o que precisa, você também evita mais saídas à rua! 

Cultive uma horta caseira 

Com o foco voltado para nossas casas e o cuidado com a alimentação, outra prática sustentável bem interessante é montar sua própria hortinha caseira. 

Vale lembrar que não ter muito espaço ou área externa em casa não é desculpa: mesmo quem mora em apartamentos pequenos pode lançar mão de hortas verticais ou jardineiras em janelas para cultivar ervas, temperos e hortaliças

Além de trazer a oportunidade de comer de forma mais saudável, a horta também é um grande incentivo para cozinhar mais em casa – e apostar na próxima dica, a compostagem! 

Leia Mais: Horta em casa: passo a passo prático para fazer a sua 

Aposte na compostagem doméstica 

Que tal reciclar seu lixo orgânico e ainda produzir um composto rico em nutrientes para deixar suas plantas mais bonitas? 

Na quarentena, como mencionamos, a preparação de refeições e o consumo de alimentos em casa tende a aumentar – e o mesmo acontece com os resíduos orgânicos, como cascas de frutas, talos de verduras/legumes e restos de comida. 

Ao invés de descartar esses resquícios no lixo comum (que irão poluir o solo nos aterros sanitários), você pode investir na compostagem em casa, uma forma ecologicamente correta de destinação dos restos alimentares

Ao fim do processo, você ainda obtém um adubo líquido de altíssima qualidade para cuidar das plantas e da horta. Clique aqui para conferir um guia de como compostar em casa!  

Separe o lixo para reciclagem 

Além do lixo orgânico via compostagem, é claro que o lixo “seco” também deve ser reciclado. Uma das práticas sustentáveis mais disseminadas na atualidade, a separação de resíduos para a coleta seletiva deve continuar a todo vapor em tempos de pandemia. Afinal, estamos gerando mais lixo em casa!

Lave sempre as mãos e mantenha a higiene – mas economize água! 

Lavar as mãos – com cuidado e com frequência – é uma das medidas mais eficazes e importantes contra o coronavírus. Do mesmo modo, manter a casa limpa e higienizar as roupas do jeito certo são outros cuidados essenciais para prevenir a doença. 

Todas essas atividades, no entanto, envolvem o consumo de água, e não há como falar sobre práticas sustentáveis em casa sem o uso consciente desse recurso natural.  

Algumas medidas incluem manter a torneira fechada ao limpar as mãos, procurar reaproveitar a água para diferentes tarefas e otimizar a lavagem da louça (que também aumenta na quarentena…). 

Considere também lavar suas roupas em uma lavanderia delivery (a opção é mais sustentável do que lavar as peças em casa, além de poupar tempo na sua rotina e dispensar o deslocamento até o local). 

Confira mais dicas fora da caixa para economizar água aqui. 

Evite os descartáveis 

O maior tempo passado dentro de casa nos mostra como podemos manter uma rotina com o menor número possível de itens descartáveis. Sem a correria nas ruas, pratos e copos de vidro são mais usados para a alimentação, assim como talheres de metal e outros utensílios duráveis. 

Com essa facilidade, é um ótimo momento para repensar nosso consumo de descartáveis, evitando-o sempre que possível. Esse é um outro motivo para cozinhar mais em casa e evitar as refeições por delivery: a redução no volume de lixo. 

Reaproveite embalagens 

O atual cenário de quarentena é sinônimo de mais tempo livre para muita gente, o que nos faz voltar nosso olhar para o que utilizamos e consumimos na rotina. 

Nesse sentido, esse também é um bom momento para investir na reutilização de materiais (como latas, caixas e outras embalagens). Organizadores para as gavetas, porta-acessórios, porta-lápis, artesanato… a imaginação é o limite. 

Além de ser sustentável, esse reaproveitamento também pode virar um hobbie – ou uma fonte de renda extra!

Aproveite ao máximo a luz natural 

Assim como a otimização do uso da água, o consumo inteligente de energia é uma das práticas sustentáveis que também têm um impacto positivo nas contas do mês

A matemática é simples: mais tempo dentro de casa na pandemia, somado ao trabalho home office, gera aumento na conta de luz (e maior gasto energético, é claro). 

Para equilibrar a situação, além das medidas básicas de economia de energia, vale apostar em uma tática especial: tirar o máximo proveito da luz natural durante o dia. 

Procure sempre trabalhar em locais que recebem mais luz solar, além de manter cortinas e janelas abertas para garantir a claridade em casa. A dose de vitamina D e os benefícios para a imunidade são um extra! 

E então, o que achou das dicas? Já vem aplicando alguma(s) das práticas sustentáveis acima nesse período de quarentena? Comente para nos contar e aproveite para saber como higienizar as roupas de modo a prevenir a contaminação por COVID-19

Consumo consciente: o que é e como adotar?

Nos tempos atuais, em que a pauta da sustentabilidade ganha cada vez mais urgência, repensar nossos hábitos de consumo diários é tarefa-chave. Já falamos, aqui no blog, sobre o uso racional da água e a aposta na compostagem para reduzir a geração de lixo. Mas qual é a sua postura quando o assunto é o consumo consciente? 

De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a humanidade já consome cerca de 30% mais recursos naturais do que o ecossistema tem capacidade de renovar. Diante dessa “conta que não fecha”, a previsão é de que dois planetas Terra sejam necessários para suprir nossas demandas de energia, alimentos e água em menos de 50 anos!

A solução mais eficiente, aqui, passa por repensar escolhas de consumo e eliminar uma lógica automática e desenfreada no modo como compramos, utilizamos e descartamos mercadorias e recursos no cotidiano. 

Recapitulando o conceito: afinal, o que é consumo consciente? 

A definição do consumo consciente envolve, antes de tudo, um entendimento primário e fundamental: absolutamente tudo o que consumimos provoca impactos no meio ambiente, na economia, nas relações sociais e em nós mesmos – sejam positivos ou negativos

De fato, a questão abrange desde o modo de produção dos bens de consumo (incluindo extração de matéria-prima e relações trabalhistas) até nossas escolhas ao comprar, a maneira como descartamos/lidamos com o lixo e à cobrança de atitudes assertivas do poder público.  

Em outras palavras, o chamado consumo consciente (ou sustentável) é aquele que considera as consequências ambientais e sociais do ato de consumir, em oposição àquele modelo imediatista, desenfreado e que visa apenas ao lucro e à satisfação instantânea de um desejo de compra. 

Vale lembrar que o consumidor se encontra no “extremo final” do ciclo de produção, detendo um grande poder para traduzir a lógica de exploração em atitudes mais sustentáveis e conscientes. Mas afinal, como contribuir para um mundo mais ecológico através do consumo? É o que veremos a seguir!  

Como adotar o consumo consciente na prática?

consumo consciente
Créditos: Freepik

Em meio a uma situação cada vez mais alarmante, o advento das compras pela internet (que facilitam a aquisição irrefletida de produtos), o crescimento do mercado consumidor (a cada ano são 150 milhões de novos consumidores) e a má distribuição do consumo mundial são faces de um problema que exige uma mudança no paradigma de toda a sociedade. 

Desperdício de alimentos, banhos demorados, longas filas em shopping centers, obsolescência programada de novas tecnologias, incentivo cultural para adquirir cada vez mais: tudo isso deve ser considerado em um dia a dia mais sustentável. A seguir, confira x práticas de consumo consciente que você pode adotar agora!

1. Repense e planeje suas compras 

Um primeiro passo valioso é lançar mão de uma análise prévia antes de sair comprando. Muito mais do que se deixar levar por “promoções relâmpago” e instintos de consumo, faça uma reflexão: “realmente preciso comprar?”

Ao invés de transformar o processo de compra em algo automático, que se resolve em poucos segundos, pare para pensar sobre as características que precisa em um produto, se ele será útil no seu dia a dia (e utilizado muitas vezes), pesquise informações sobre diferentes fabricantes e lojas. 

É essencial ter em mente que, a cada nova mercadoria adquirida – por menor, mais simples e mais barata que seja -, você estará comprando algo que consumiu matérias-primas como água e petróleo, que envolveu o trabalho de pessoas em sua produção, que será eventualmente descartado no meio ambiente

Todo esse ciclo (toda compra) representa um débito ambiental e humano. Reflita sobre seu papel no todo! 

2. Avalie a responsabilidade socioambiental dos fabricantes 

O planejamento da aquisição de novos produtos envolve um cuidado importante para o consumo consciente: saiba exatamente de quem você está comprando. 

Priorizar empresas que têm responsabilidade ambiental e social, apostando em projetos e atitudes que contribuem para o desenvolvimento sustentável, é fundamental. Hoje em dia, o acesso a esse tipo de informação está mais fácil e rápido do que nunca: basta pesquisar na internet. Procure sobre possíveis processos judiciais, depoimentos de clientes, parceiros e funcionários.

O que está por trás das empresas nas quais você está investindo seu dinheiro? Muitas vezes, infelizmente, é a negligência profissional e humana com a equipe, geração irresponsável de poluentes e até mesmo trabalho escravo.  

Preferir produtores e negócios locais, assim como não investir em produtos piratas e de procedência duvidosa, são práticas importantes nesse sentido. 

3. Priorize a qualidade em detrimento da quantidade 

Com tantas campanhas de marketing, apelos nas redes sociais, lojas de fast fashion que oferecem mercadorias a preços baixos e o estímulo a comprarmos sempre mais para preencher certos estilos de vida, a tendência é mesmo nos tornarmos acumuladores de produtos. 

Como princípio do consumo consciente, entretanto, é preciso ir contra essa corrente e priorizar itens com uma maior vida útil (muitas vezes mais caros, mas com muito mais qualidade e procedência “limpa”).

Uma coisa a se ter em mente, aqui, é que mercadorias a preços muito baixos quase sempre indicam que há “algo de errado” no processo de produção – trabalhadores em condições insalubres e uso irresponsável de recursos naturais, por exemplo.

Um cuidado importante é buscar, no dia a dia, controlar o impulso de adquirir itens em um grande volume (que muitas vezes serão pouco utilizados). Compre menos e melhor.  

4. Priorize o uso de refis 

Quando o assunto é “prolongar a vida útil de produtos”, outra prática interessante é dar preferência a embalagens de refis. Em geral, esse tipo de produto demanda menos matéria-prima para ser produzido, com menos componentes. 

Com o uso de refis, há economia de energia e recursos naturais (que seria gasta na produção de novas embalagens). Dica extra: avalie a composição do material de refil, preferindo as embalagens que são recicláveis ou mesmo feitas de material reciclado. 

5. Aposte nas sacolas retornáveis 

As sacolas plásticas, tão comuns no nosso cotidiano, levam cerca de 450 anos para se decompor. Enquanto muitas cidades já contam com leis municipais para reduzir seu uso, não é preciso esperar o poder público para investir em compras mais sustentáveis: leve sua ecobag e, quando for necessário utilizar o saco plástico, otimize seu uso ao máximo para o lixo, reunindo uma boa quantidade de resíduos antes de descartá-los. 

6. Recicle!

Um dos efeitos mais nocivos do consumo desenfreado é certamente a geração impressionante de lixo. Ao separar os resquícios por material e encaminhá-los para a reciclagem, você está contribuindo diretamente para a economia de recursos naturais, a minimização da degradação ambiental e mesmo a geração de empregos

Vale lembrar que os resíduos orgânicos (como restos de alimentos e cascas de frutas) também são prejudiciais quando destinados ao lixão, tendo em vista que liberam um gás poluente na atmosfera (o metano). Uma excelente alternativa para reduzir esse descarte é apostar na compostagem em casa. Descubra aqui como fazer! 

7. Otimize o uso de recursos naturais em casa 

Parece clichê, mas investir no consumo consciente também está diretamente relacionado aos nossos hábitos diários em casa – e não apenas à compra de produtos. Fique atento e conscientize as pessoas com quem você mora para o uso inteligente dos recursos naturais

Banhos mais rápidos, cuidado para otimizar o uso de água ao lavar as roupas e o uso consciente de energia e eletrodomésticos são exemplos de ações efetivas para colaborar com um mundo mais sustentável. 

E aí, gostou do conteúdo? Você já aplica algumas das medidas acima para aderir ao consumo consciente? Aproveite para conferir nossa lista de 6 práticas simples para ser mais sustentável no dia a dia! 

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Fralda ecológica: Dicas de lavagem e cuidados

O mundo está caminhando rumo a encontrar alternativas mais sustentáveis para itens que usamos em nosso dia a dia. Alguns desses itens ganharam grande popularidade entre o público, como os canudos de metal que são reutilizáveis e copos menstruais reutilizáveis. Porém, um item que vem ganhando seu espaço é a fralda ecológica.

Feita do mesmo princípio da fralda de pano, usada antigamente, a ideia é que ela substitua a fralda descartável e se torne uma opção mais barata e ecofriendly. Baseada nas novas tecnologias e avanços, ela promete oferecer mais praticidade para os pais e mais conforto para o bebê.

 

Como é composta a fralda ecológica?

A fralda ecológica é composta por duas partes: a capa e o absorvente. 

A capa é toda a parte externa. Ela possui a função de tamanho ajustável nas pernas e na cintura para acompanhar o crescimento do bebê. Ademais, ela é impermeável e flexível, permitindo liberdade e conforto.

A parte interna é o absorvente. Assim como a ideia de um absorvente comum, ele é um tecido de alta absorção que é colocado dentro da capa para colher a urina. O material do tecido é especial, feito para evitar alergias no bebê, além de possuir um toque seco que evita a sensação de molhado.

 

Quanto tempo dura uma fralda ecológica?

É impossível que apenas uma fralda ecológica supra as necessidades do bebê. Desse modo, os pais devem estar cientes que deverão investir um pouco mais no início para ter um número suficiente de fraldas. 

Cada fralda dura, em média, de 3 a 4 horas. O que é um período justo, considerando que é o mesmo período de utilização da fralda descartável. Assim, após essas horas, está na hora de fazer a troca do bebê e colocar essa fralda para lavar.

Quando olhamos para a duração em meses, tudo dependerá dos cuidados que os pais têm com as fraldas durante seu uso e lavagem. 

 

 

Fralda ecológica

 

Lavagem das fraldas

A lavagem pode ser na mão ou na máquina. Mas, em ambos os casos, o primeiro passo é uma pré-lavagem das fraldas, sem a utilização de sabão. O intuito é remover o excesso de xixi, que pode vir a causar mal cheiro. 

A seguir, lave a peça com sabão neutro, preferencialmente de coco, separando o absorvente da capa. Caso opte por lavar na máquina, é possível fazer essa lavagem junto às demais roupas do bebê. 

É importante que a peça seja passada pelo enxágue duas vezes. Assim, acontece a remoção completa de todo o sabão presente no absorvente da fralda. O acúmulo indevido de sabão é prejudicial ao bebe e ajuda a acumular amônia, que causa o mau odor. 

Por fim, deixe a peça secando ao sol para ajudar a eliminar o mal cheiro. 

 

 

 

Dicas 

Apesar de todos os cuidados, o mal cheiro pode persistir. Assim, neste caso, use bicarbonato de sódio para eliminar o odor desagradável. 

Já para desimpermeabilizar a fralda, utilize água quente e sabão neutro.

As manchas também podem ser um problema, pois crianças se sujam bastante. Então, sempre que necessário use percarbonato de sódio para limpar as peças manchadas. 

O uso de vinagre, sal e bicarbonato também é ideal para remover as manchas. Molhe a peça e esfregue um pouco de vinagre. Em seguida, coloque a fralda de molho em um balde com uma mistura de água e cinco colheres de sal e cinco de bicarbonato. Após duas horas, realize a lavagem da peça para remover a mistura. 

O que achou das fraldas ecológicas? E das dicas? Gostou? Então conheça outros 10 truques caseiros para lavar suas roupas.

 

 

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