Você já deve estar cansado de ouvir que o mundo está mudando e que o mundo da forma como o conhecemos será digital. Com a pandemia do COVID-19, tivemos que nos distanciar uns dos outros, nos excluir do mundo, fechar as portas dos nossos negócios, trabalhar de casa e até mesmo concentrar todas as nossas compras no no e commerce e aplicativos delivery.
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Uma pesquisa da Google For Startups demonstrou que após o início da pandemia, a demanda por serviços on demand em sua maioria teve uma alta curva de crescimento em somente algumas semanas. Não só em aplicativos do setor de alimentos e bebida, mas também os de envio rápido e logística como a Loggi e a Melhor Envio.
A verdade é que a pandemia do coronavírus somente acelerou o processo de digitalização do mercado e no estilo de consumo da população no mundo inteiro. O Brasil registrou um aumento médio mensal de 400% de lojas que decidiram abrir o e-commerce desde o início da quarentena. Paralelamente aos lojistas que tiveram que encontrar novos meios e canais para alavancar suas vendas, o consumidor brasileiro passou a consumir e comprar produtos e serviços de forma online. De acordo com um estudo da AbComm e da Konduto houve também um aumento de 40% nas vendas pela internet principalmente entre os setores de vestuário, alimentos e bebidas, artigos esportivos e móveis e decoração.
Mercados Tradicionais x Digitalização
Já virou parte do nosso cotidiano na hora de comer abrir o app do Ifood ou do Rappi ao invés de ir ao restaurante. Ao mesmo tempo em que o Whatsapp mudou o nosso hábito de fazer ligações ou enviar inúmeros e-mails e sms. Mas como a digitalização afeta outros setores e antigos hábitos?
Travel techs x Agências de viagens dinossauro
Alguns mercados como o de turismo (que inclusive derreteu após o surto mundial do coronavírus), apesar da expressividade no PIB nacional, ainda é muito tradicional em diversos aspectos, carente de tecnologias e infraestrutura necessária para tornar essa atividade econômica no Brasil uma potência.
Hoje já existem startups e travel techs que fornecem soluções para problemas cotidianos na vida dos viajantes a lazer e a trabalho. Vai me dizer que você ainda vai em uma agência de viagens para programar as suas férias? Ou manda um e-mail solicitando três cotações? Isso ficou no passado.
Lavanderia online x hábitos de limpeza da época da sua vovó
Outro mercado bastante tradicional é o de lavanderia, apesar de movimentar cerca de R$7 Bilhões pelo Brasil, ainda passa pelo desafio de se digitalizar e mudar o estilo de consumo do brasileiro. É muito comum nos Estados Unidos e na Europa encontrar lavanderias self-service onde o próprio cliente deposita o valor e faz o manejo e a lavagem de suas roupas no próprio estabelecimento.
Já no território brasileiro, somos acostumados a ter nossas próprias máquinas de lavar roupa em casa para fazer limpeza e higiene dos nossos itens do dia a dia, mesmo que isso signifique que sua máquina de lavar irá ocupar um espaço significativo no seu curto tempo e no seu apartamento.
Outro aspecto nesse mercado que chama bastante atenção é a gestão e logística das lavanderias brasileiras que ainda, em boa parte, é composta por pequenas empresas familiares ou carecem de um sistema de controle de pedidos. Dessa forma, o tempo ocioso e problemas podem acabar virando parte da rotina desse mercado tradicional e consequentemente refletir na satisfação do consumidor final.
Algumas soluções e startups como a Lavemcasa (plataforma e app de lavanderia on demand) estão mudando esse cenário trazendo a digitalização para solucionar esses problemas que encontramos no setor já que, com a pandemia do COVID-19, muitos pequenos empresários ficaram sem alternativa e sem um canal de vendas delivery visto que pouco se investia em gestão e logística.
Como será o cenário de consumo pós covid-19?
As compras online já se tornaram um hábito na vida dos brasileiros. A migração para o mundo digital já ocorre em diversas categorias. De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo cosméticos e produtos de beleza, roupas e vestuário e artigos de decoração foram alguns dos itens que mais cresceram suas vendas durante a quarentena. Além do mais, 70% dos entrevistados na pesquisa afirmam que pretendem continuar comprando mais online do que antes da pandemia do coronavírus.
Veja abaixo o infográfico criado pela consultoria McKinsey que demonstra o Brasil junto à Itália entre os países que mais compraram de maneira online após o surto do novo coronavírus:
De acordo com o estudo, para que os negócios se mantivessem de pé, foi necessário criar novas soluções e migrar para o digital por uma questão de sobrevivência. Lavanderias, padarias, lojas de roupas, e até mesmo franquias como foi o caso da I Wanna Sleep que introduziu o modelo de LFO (Lojas Físicas Online) em suas lojas para driblar a crise.
É evidente que a pandemia do coronavírus somente acelerou em alguns meses o que era esperado para os próximos anos. Marketplaces como Magazine Luiza e B2W se adaptaram e enxergaram uma nova oportunidade em ajudar o pequeno empresário. O Mercado Livre chegou a ultrapassar o Banco Itaú em marketcap após a pandemia e hoje lidera o setor como um gigante em comparação aos outros sites líderes em e-commerce no Brasil.
A revolução digital chegou e bateu na porta do grande e do pequeno, do mercado tradicional ou inovador. Mas a pergunta que fica, será que estamos preparados para abandonar nossos hábitos do passado? Como sua empresa irá vender durante e pós COVID-19? Ou sua padaria irá vender somente no estabelecimento físico? Sua agência de eventos irá explorar as lives? A sua lavanderia vai continuar dependendo de visitas presenciais?
A hora da digitalização chegou.